O atual prefeito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), confirmou o favoritismo apontado pelas pesquisas de intenções de votos e foi reeleito, neste domingo (27), para os próximos 4 anos.
Com 89,78% das urnas apuradas, ele tinha 3.065.270 votos − o equivalente a 59,57% dos votos válidos (ou seja, desconsiderando votos em branco e nulos). Seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), aparecia com 2.080.512 votos (43,43%), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O segundo turno da disputa pelo maior colégio eleitoral foi marcado por muito menos emoções do que a primeira votação, em que os dois candidatos apareciam embolados nas pesquisas com o influenciador e empresário Pablo Marçal (PRTB), que terminou a corrida na terceira colocação, a pouco menos de 82 mil votos de Nunes.
Na segunda volta, Nunes liderou a disputa contra Boulos nas três semanas de campanha, com uma vantagem confortável, embalada pelas elevadas taxas de rejeição do adversário. Mesmo a crise do apagão na cidade, provocada pela chuva de 11 de outubro, não foi capaz de mudar o curso da disputa.
Nesta eleição, Nunes, que assumiu a prefeitura após a morte de Bruno Covas (PSDB), de quem era vice, em maio de 2021, buscou fazer a “lição de casa” da cartilha em processos eleitorais: com a máquina da prefeitura na mão e um sólido arco de alianças envolvendo 11 partidos, ele garantiu um latifúndio (65% do tempo total) de propaganda eleitoral no rádio e na televisão durante o primeiro turno.
O prefeito também recebeu os apoios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que menos vibrante e mais distante, e do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi seu verdadeiro cabo eleitoral na disputa e teve participação decisiva nos momentos mais delicados, em que a candidatura de Pablo Marçal ameaçava suas chances de ir ao segundo turno.
De outro lado, Boulos recebeu o endosso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inclusive articulou a saída da ex-prefeita Marta Suplicy da Secretaria de Relações Internacionais da atual administração para retornar ao Partido dos Trabalhadores após 9 anos e entrar na disputa como vice na chapa encabeçada pelo parlamentar.
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