Representantes da Prefeitura Municipal de São Carlos, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e do Ministério Público de São Paulo, a pedido do prefeito Netto Donato, estiveram, na manhã desta sexta-feira (10/01), em visita presencial à região da Lagoa Serena para discutir a questão do combate aos alagamentos e enxurradas naquela localidade.
A conversa abordou soluções de curto, médio e longo prazo, tendo em vista a construção de um planejamento articulado entre as instituições envolvidas para a resolução definitiva do problema.
Há alguns anos, a região da Lagoa Serena foi atingida por fortes enchentes, o que causou preocupação e até prejuízos aos moradores. Desde então, a Prefeitura e o SAAE realizaram obras e ações para mitigação, como o Piscinão da Travessa 8, na Vila Prado, e investimentos em galerias e bocas de lobo em vários locais. No entanto, as chuvas do final do último ano trouxeram novas necessidades de intervenção, demonstrando que algumas ações ainda precisam ser executadas.
Atualmente, a maior preocupação tem se concentrado no entorno da Rua Francisco Silva Ribeiro, que, em dezembro, recebeu o acúmulo de água vindo do desnível da Avenida São Carlos através dos fundos de uma propriedade particular, derrubando o muro de uma residência. Assim, ficou determinado que, nos próximos dias, algumas ações já começarão a ser planejadas e realizadas pelos órgãos competentes para mitigação futura.
De acordo com o Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Flávio Okamoto, a colaboração entre todos os agentes envolvidos será fundamental para que o combate às enchentes siga avançando em São Carlos. “A relação boa que a gente tem com a Prefeitura é muito importante porque, se a gente ficar só na burocracia, esta vistoria iria durar meses. Com esta conversa, ficou definido que será feita uma avaliação de todo o quarteirão para verificar se em algum outro imóvel também existe algum risco semelhante ao que aconteceu. Vamos ver quais medidas emergenciais precisam ser tomadas com relação a este galpão por onde a água passou e, por meio de um inquérito civil que vai ser instalado pela promotoria, avaliar as medidas de microdrenagem que precisam ser feitas para que essa água não se acumule mais”, destaca Okamoto.
Já o secretário-adjunto de Gestão da Cidade e Infraestrutura, Leonardo Lázaro, lembra que a Prefeitura já tem uma licitação aberta para auxiliar no combate às enchentes desta região.
“A Lagoa Serena está bem no meio de uma bacia e há uma concentração do volume de água. E, em dezembro, este volume adentrou a um imóvel, levando ao colapso de um muro em cima de uma residência. O que temos que providenciar são os estudos e obras para evitar estas situações e, por isso, a Prefeitura está com uma licitação aberta, até 21 de fevereiro, para conhecer as empresas que vão se cadastrar para uma nova contratação de projetos executivos e estudos hidrológicos, hidráulicos e de levantamento topográfico. Desta forma, vamos poder atacar as regiões da cidade que têm sofrido com alagamentos e enchentes e aqui, na Lagoa Serena, temos um local a ser atacado logo de início para resolvermos esta questão embasada em projetos e com recursos investidos de forma assertiva”, finaliza o secretário-adjunto.
Também estiveram presentes o secretário-adjunto de Segurança Pública, Paulo Cesar Belonci, o diretor do Departamento de Fiscalização, Rodolfo Tiberio Penela, e o diretor do Departamento de Defesa Civil, Pedro Caballero.