Claudia Raia, uma das maiores atrizes do Brasil e uma das maiores beneficiárias da Lei Rouanet com captação superior a R$ 5 milhões, manifestou preocupação com a escassez de oportunidades profissionais para atrizes acima dos 50 anos. A declaração foi feita durante sua participação no programa Mulheres Positivas, da Record News.
Com 40 anos dedicados à carreira artística, a atriz destacou a ausência de protagonistas femininas maduras na televisão brasileira. Ela comparou o cenário nacional com o mercado internacional, citando como exemplo a atriz Jane Fonda, que se tornou produtora para manter-se em evidência.
A artista, que começou a produzir seus próprios projetos aos 19 anos, ressaltou que essa iniciativa lhe garantiu autonomia profissional. “Diziam que musicais não faziam parte da nossa cultura, mas eu insisti. Produzi e foi um sucesso”, afirmou Raia, defendendo a necessidade de maior representatividade feminina na indústria do entretenimento.
Mãe de três filhos – Enzo, Sophia e Luca – concebidos em diferentes fases da vida, aos 30, 36 e 56 anos, respectivamente, Claudia destacou como a maturidade influenciou sua forma de exercer a maternidade. “Quando somos jovens, tentamos estar em dez lugares ao mesmo tempo. Hoje, priorizo estar presente de forma plena com meus filhos”, explicou.
A atriz se posicionou como defensora das mulheres maduras no meio artístico, declarando-se uma “lutadora” disposta a abrir caminhos para outras profissionais. “Meu papel é segurar a mão de outras mulheres e dizer: vamos colocar o pé na porta e seguir em frente”, concluiu, manifestando sua preocupação com o etarismo na indústria do entretenimento brasileira.
Informações: Revista Oeste
Por Carta de Notícias