Muitas pessoas estão reclamando dos preços dos combustíveis em São Carlos, e nossa reportagem foi pesquisar o preço pelo Brasil e segundo divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os preços da gasolina e do diesel comercializados no Brasil pela Petrobras estão mais caros que nos mercados globais.
A avaliação se dá em meio ao cenário do barril tipo Brent — usado como referência pela estatal — onde nesta terça (05), ainda em andamento está a US$ 76,09.
Segundo a Petrobras, na semana de 20 à 26 de outubro a média dos combustíveis no Brasil estão:
- Gasolina R$ 6,11
- Diesel R$ 6,20 (S-10)
- Etanol R$ 4,05
Em São Carlos, nossa reportagem encontrou a gasolina comum a R$ 5,99 e a gasolina aditivada a R$ 6,29. Já o Diesel (S-10) R$ 6,09 e o Etanol a R$ 3,99.
Apesar das reclamações, segundo a Petrobras, os preços dos combustíveis estão abaixo da média nacional.
SELIC
O Copom elevou a Selic pela primeira vez em mais de dois anos, para 10,75% ao ano, diante da alta recente do dólar e das incertezas em torno da inflação.
A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.
INFLAÇÃO
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Pela quinta semana consecutiva, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu, passando de 4,55% para 4,59% este ano. Se confirmado, o IPCA estoura o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).