A economia brasileira registrou um crescimento de 3,8% em 2024, de acordo com a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O avanço foi impulsionado, principalmente, pelo setor de serviços e pela agropecuária, que tiveram desempenhos positivos ao longo do ano. No entanto, especialistas alertam que desafios estruturais, como juros elevados, alta carga tributária e a falta de reformas econômicas, ainda representam obstáculos para um crescimento sustentável.
Setor de serviços e agropecuária lideram alta
O setor de serviços, que representa a maior parte da economia brasileira, foi um dos principais motores desse crescimento. A retomada do consumo, aliada ao aumento do turismo e da atividade comercial, contribuiu para o bom desempenho do segmento.
A agropecuária também teve um papel fundamental, impulsionada por safras recordes e pela demanda externa por commodities. O agronegócio brasileiro continua sendo um dos setores mais competitivos globalmente, garantindo superávits comerciais e fortalecendo a balança comercial do país.
Obstáculos à frente
Apesar do avanço significativo, economistas alertam que o Brasil ainda enfrenta desafios que podem limitar o crescimento nos próximos anos. A taxa de juros elevada encarece o crédito e dificulta investimentos por parte das empresas e consumidores. A carga tributária também continua sendo um entrave, pesando sobre o setor produtivo e reduzindo a competitividade da indústria nacional.
Além disso, a falta de reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, mantém a economia refém de um sistema burocrático e ineficiente. Especialistas defendem que mudanças nessas áreas são essenciais para garantir um crescimento mais robusto e sustentável no longo prazo.
Perspectivas para o futuro
O desempenho positivo da economia em 2024 é um sinal de recuperação, mas a sustentabilidade desse crescimento dependerá de medidas que estimulem a produtividade e reduzam as barreiras ao desenvolvimento. O debate sobre juros, tributos e reformas deve continuar no centro das discussões econômicas nos próximos meses, com impactos diretos na trajetória do país.