Nesta segunda-feira, 9 de setembro, a cidade de São Paulo e sua região metropolitana amanheceram com níveis de qualidade do ar alarmantes, variando entre ruins e muito ruins. A situação foi agravada pelas altas temperaturas, baixa umidade do ar e a presença de fumaça oriunda de queimadas, fenômenos que se intensificaram nos últimos dias.
De acordo com o monitoramento da IQAir, plataforma suíça que avalia a qualidade do ar em diversas regiões do mundo, por volta das 10h, São Paulo alcançou o triste marco de ser considerada a cidade com o pior ar do planeta, com um índice de qualidade de 160. Este valor a colocou à frente de metrópoles conhecidas por seus altos níveis de poluição, como Ho Chi Minh, no Vietnã, e Lahore, no Paquistão, que ocupavam, respectivamente, o segundo e terceiro lugar no ranking mundial naquele momento. Outras cidades, como Jerusalém (Israel), Doha (Catar) e Pequim (China), também figuravam entre os primeiros colocados.
Dados divulgados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) às 7h revelaram que diversas estações na Grande São Paulo registraram qualidade do ar “muito ruim”, a segunda pior categoria da escala. As estações de Carapicuíba, Itaim Paulista e Osasco foram algumas das áreas mais afetadas. Na capital, os bairros localizados próximos à marginal Tietê, como o Parque Dom Pedro 2º, além de regiões da zona norte como Perus e Santana, também registraram níveis críticos de poluição.
Outros bairros da capital, como Ibirapuera, Interlagos e Santo Amaro, apresentavam índices considerados ruins. Por outro lado, bairros como Itaquera e Mooca mostraram uma qualidade do ar classificada como boa durante a manhã, oferecendo um alívio em meio à deterioração do ar nas demais áreas.
A má qualidade do ar não se restringiu à capital. No interior do estado, cidades como Jundiaí e Ribeirão Preto também enfrentaram níveis de poluição considerados muito ruins.
A exposição prolongada a esses níveis de poluição pode agravar problemas respiratórios e cardíacos, principalmente em pessoas vulneráveis, como crianças, idosos e indivíduos com doenças pré-existentes. Além disso, representa riscos à saúde da população em geral, que deve evitar a exposição prolongada ao ar livre enquanto os índices não apresentarem melhora significativa.
Autoridades recomendam atenção às condições atmosféricas e, quando possível, o uso de máscaras em locais de maior concentração de poluentes para minimizar os impactos à saúde.
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