O estado de São Paulo atingiu o maior número de incêndios por ano de toda a série histórica de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciada em 1998.
De janeiro de 2024 até a última sexta-feira, dia 20 de setembro, foram registrados 7.293 focos de queimadas, superando os 7.291 focos atingidos em 2010.
A Defesa Civil do estado informou no início da noite deste sábado (21) que, pelo segundo dia consecutivo, encerrou os trabalhos sem focos ativos de incêndio.
O órgão também afirmou, no início da semana, que as chuvas no estado colaboraram com a atuação das forças de combate ao fogo nas diferentes regiões.
Em agosto, o estado paulista já havia batido outro recorde negativo, com o mês de maior número de queimadas de toda a série do Inpe, com 3.612 focos de incêndio. Com o recorde, o governo estadual instalou um Gabinete de Crise Emergencial para tratar sobre o assunto.
Para se ter uma ideia da dimensão, apenas na região do Vale do Paraíba, uma área equivalente a 372 campos de futebol do tamanho do Maracanã foi tomada por chamas nesse período.
A cidade de São Luís do Paraitinga (SP) teve 780 mil m² de vegetação queimada, e em Bananal (SP), onde os focos de incêndio foram totalmente extintos apenas na sexta-feira (20), chegou perto de 1 milhão de m² perdidos para o fogo.
Operação São Paulo Sem Fogo
O governo de São Paulo já aplicou mais de R$ 25 milhões em multas pelos incêndios entre janeiro e setembro de 2024. A Secretaria de Segurança Pública do estado informou que 27 pessoas já foram detidas por causarem incêndios em vegetações no território paulista.
Desses, 16 suspeitos seguem detidos e os outros nove passaram por audiência de custódia e vão responder em liberdade. Um homem ainda é investigado.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), no período dos oitos meses de 2024 (janeiro a setembro), foram atendidas 2.393 ocorrências e vistoriados 2.159 focos de incêndio em todo estado.
No início de setembro, o governo de São Paulo liberou R$ 5,9 milhões para a contratação de 120 horas de voo de monitoramento e 300 horas de combate aéreo.
No sábado (14), o governo estadual realizou a maior operação aérea da história no combate aos incêndios florestais, tendo no auge da ação o uso de quatro aviões e 10 helicópteros, simultaneamente, no enfrentamento das queimadas em 22 municípios.
CNN