Rombo fiscal ultrapassa R$ 1 trilhão e bate recorde

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O rombo fiscal mencionado refere-se ao déficit nominal do setor público, que inclui o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, considerando tanto o resultado primário (receitas menos despesas, excluídos os gastos com juros) quanto os gastos com o serviço da dívida (juros e amortizações). Quando se diz que o rombo fiscal foi de R$ 1,128 trilhão e corresponde a 10,02% do PIB, significa que o setor público, em seu conjunto, teve um déficit equivalente a 10,02% de toda a produção de bens e serviços do país no período de 12 meses até julho.

Principais pontos:

  • O setor público consolidado gastou R$ 869,8 bilhões em juros da dívida pública nesse mesmo período. Esse valor é significativo porque representa uma grande parte do orçamento público, e esses pagamentos são feitos para honrar a dívida pública interna e externa.
  • A despesa com o serviço da dívida (ou seja, pagamento de juros) corresponde a 77,1% do rombo nominal nas contas públicas. Isso significa que a maior parte do déficit nominal é causada pelos custos com o endividamento, e não por desequilíbrios entre receitas e despesas primárias (como investimentos ou despesas com saúde e educação).

Este cenário mostra a forte pressão que os juros da dívida pública exercem sobre as finanças do governo, impactando a capacidade de realizar investimentos e manter o equilíbrio fiscal. A redução desse déficit depende, em grande parte, da gestão da dívida pública e do controle de gastos públicos, inclusive os relacionados a juros.