A Justiça converteu em preventiva a prisão do piloto e copiloto suspeitos de transportar mais de 400 quilos de pasta base de cocaína dentro de um avião monomotor em Penápolis (SP). A dupla passou por audiência de custódia na terça-feira (17).
O g1 teve acesso à sentença nesta quarta-feira (18). No documento, o juiz federal Arnaldo Dordetti Junior justifica as prisões de Wesley Evangelista Lopes e Alexandre Roberto Borges.
“Não há ilegalidade na manutenção da prisão preventiva quando demonstrado, com base em fatores concretos, que a segregação se mostra necessária, dada a gravidade concreta da conduta incriminada”, escreve o juiz.
Em nota, o advogado de defesa, Maycon Zuliani Mazziero, informou que comprovará a inocência de Alexandre que, segundo ele, é réu primário, com trabalho comprovado, além de possuir residência fixa. O portal ainda tenta contato com o advogado de Wesley.
Prisão
Segundo a Polícia Militar, a abordagem ocorreu ao final do voo, que foi monitorado pela equipe, na tarde de segunda-feira. Ao realizar o pouso no aeroporto de Penápolis, Wesley foi surpreendido pela equipe do helicóptero Águia, que auxiliou na operação até a chegada das equipes da Polícia Rodoviária e Polícia Federal.
Durante a abordagem, o piloto foi questionado e confirmou que receberia dinheiro pelo transporte da droga. A aeronave saiu de Aquidauana (MS) e iria para Rio Claro (SP), segundo a polícia. Ela foi apreendida, junto aos demais equipamentos da tripulação. A droga pesada totalizou 435,86 quilos.
Conforme apurado pelo g1, o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) do avião estava dentro da data de validade, em situação normal com os registros e com autorização para voo noturno.
Ainda conforme a PM, o copiloto também possui antecedentes por pensão alimentícia. A ocorrência foi apresentada na Polícia Federal de Araçatuba (SP).
Wesley Lopes, que pilotava a aeronave, teve o nome incluído na lista da Organização Internacional e Polícia Criminal (Interpol) e foi preso na cidade de Prado, no sul da Bahia, em 31 de agosto de 2019, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgadas à época. Ele ficou preso por quatro anos. Depois, também se envolveu em um acidente aéreo no Acre.
g1
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