Um relatório divulgado pela Nasa na última quinta-feira (13) revelou que o nível do mar subiu 37% mais rápido do que o esperado em 2024, alcançando uma taxa de 0,59 centímetros — acima da projeção inicial de 0,43 centímetros. O aumento, classificado como “incomum” pelos cientistas, é impulsionado principalmente pela expansão térmica dos oceanos, um fenômeno agravado pelo aquecimento global, e coloca em alerta comunidades costeiras em todo o mundo.
Os dados, coletados desde 1993 por satélites da agência espacial americana, mostram que o nível do mar já subiu 10 centímetros em pouco mais de três décadas, com uma aceleração evidente na taxa anual, que mais que dobrou nesse período. “Cada ano é diferente, mas o padrão é claro: o oceano continua a subir, e a velocidade desse aumento está crescendo”, afirmou Josh Willis, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, responsável pelo estudo.
Em 2024, o cenário se agravou com a inversão de um padrão histórico. Até recentemente, dois terços do aumento do nível do mar eram atribuídos ao derretimento de geleiras e calotas polares, enquanto um terço vinha da expansão térmica — o processo em que a água se expande ao absorver calor. No último ano, porém, essa proporção se inverteu, com a expansão térmica respondendo por dois terços da elevação. “Com 2024 sendo o ano mais quente já registrado, os oceanos estão atingindo níveis sem precedentes”, destacou a oceanógrafa Nadya Vinogradova Shiffer, da Nasa.
O aquecimento dos oceanos, segundo os especialistas, é um processo complexo. A água do mar se organiza em camadas de temperatura e densidade, e o calor da superfície geralmente leva décadas para atingir as profundezas. No entanto, correntes oceânicas intensas, como as do Oceano Antártico, podem acelerar essa transferência, inclinando as camadas de água e potencializando o impacto da expansão térmica.
O alerta da Nasa reforça a necessidade urgente de ações contra as mudanças climáticas. Com o ritmo acelerado de elevação dos oceanos, cidades litorâneas enfrentam riscos crescentes de inundações, erosão e perda de infraestrutura. No Brasil, por exemplo, metrópoles como Rio de Janeiro, Recife e Santos estão entre as áreas vulneráveis. A agência destaca que a precisão de suas medições, com margem de erro de apenas 10% em centímetros, torna os dados uma ferramenta crucial para prever e mitigar os impactos.
Enquanto a ciência avança no monitoramento do fenômeno, especialistas cobram respostas globais imediatas para conter o aquecimento dos oceanos e suas consequências. “O que vimos em 2024 é um sinal claro de que o tempo para agir está se esgotando”, concluiu Willis.
Para celebrar o Dia Mundial da Síndrome de Down, a Secretaria Municipal da Pessoa com…
O Prefeito Netto Donato e a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Herica…
O WhatsApp, aplicativo de mensagens mais popular do mundo, está introduzindo uma nova funcionalidade que…
Um indivíduo foi preso em flagrante por agressão doméstica no bairro Cidade Aracy, na madrugada…
Mais de 28 mil detentos do regime semiaberto deixaram os presídios do estado de São…
Brunella Hilton, ex-candidata a vereadora pelo PSOL em São Paulo, foi presa em flagrante no…
Este site faz uso de cookies.