O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não poupou críticas ao embate verbal entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, ocorrido na última sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025, no Salão Oval da Casa Branca. Em declaração feita neste sábado, 1º de março, durante visita a Montevidéu para a posse do novo presidente uruguaio, Yamandú Orsi, Lula descreveu o episódio como uma “cena grotesca e desrespeitosa”, afirmando que algo semelhante não se via “desde que a diplomacia foi criada”.
“Eu acho que Zelensky foi humilhado e que, na cabeça de Trump, ele mereceu”, disparou o líder brasileiro, sugerindo que o presidente norte-americano teria intencionalmente constrangido o ucraniano durante a reunião. O confronto, que ganhou destaque internacional, ocorreu em meio a negociações sobre um acordo envolvendo minerais, hidrocarbonetos e infraestrutura da Ucrânia, mas terminou sem assinatura devido à escalada de tensões. Trump, em tom elevado, ameaçou abandonar o apoio à Ucrânia caso Zelensky não cedesse em concessões à Rússia, enquanto o ucraniano rebateu, defendendo sua posição.
Lula, que tem se posicionado como mediador em questões globais, aproveitou para reiterar sua defesa por uma solução pacífica para o conflito entre Ucrânia e Rússia, que já dura três anos. “Acredito que não pode haver paz se os dois presidentes que estão em conflito não participarem. O mundo precisa de paz”, enfatizou, destacando que o Brasil é favorável a um acordo entre as partes envolvidas. Ele criticou o que chamou de “irresponsabilidade de gente que prefere discutir guerra a discutir paz” e alertou que a União Europeia pode acabar arcando com os custos da reconstrução ucraniana, além de ser “responsabilizada pelo desastre”.
O presidente brasileiro também vinculou o respeito entre nações à essência da democracia. “Não é possível falar de democracia se não houver respeito pelo próximo”, afirmou, expressando esperança de que o incidente sirva de lição. “Só a paz pode trazer normalidade ao mundo e permitir que as pessoas vivam em prosperidade, com distribuição de riqueza para o nosso povo”, completou.
O bate-boca na Casa Branca repercutiu globalmente. Após o confronto, Trump usou sua rede social, Truth Social, para declarar que Zelensky “pode voltar quando estiver pronto para a paz”, enquanto o ucraniano, em entrevista à Fox News, rejeitou a ideia de dever desculpas ao americano. Líderes da União Europeia, Canadá e outros países manifestaram apoio a Zelensky, defendendo uma paz “justa e duradoura” com a Rússia.
Enquanto acompanha a posse de Orsi no Uruguai, Lula segue sua agenda internacional com foco em fortalecer laços na América Latina e promover uma postura de diálogo em crises globais, contrastando com o tom beligerante visto no encontro entre Trump e Zelensky. O incidente, para o presidente brasileiro, é um exemplo do que a diplomacia não deve ser — e um chamado urgente pela busca da paz.
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