Utilizado em rituais religiosos, momentos de relaxamento e até mesmo para disfarçar odores, o incenso pode trazer riscos à saúde comparáveis aos do cigarro, alertam pneumologistas. Um estudo da Philadelphia College of Osteopathic Medicine (PCOM), apresentado na Reunião Científica Anual da Universidade Americana de Alergia, Asma e Imunologia, revelou que a fumaça do incenso contém substâncias tóxicas e cancerígenas, como carbono, enxofre, óxidos de nitrogênio, formaldeído e compostos orgânicos voláteis.
Mais partículas tóxicas que o cigarro
A pesquisa mostrou que a queima do incenso libera uma quantidade significativa de partículas finas no ar, superior à liberada pelo cigarro. Para cada grama queimada, o incenso libera 45mg de partículas, enquanto o cigarro libera 10mg. Essas partículas podem penetrar profundamente nos pulmões, causando problemas respiratórios, alergias e até mesmo câncer.
Riscos para a saúde
Os pneumologistas alertam que a exposição à fumaça do incenso pode causar dores de cabeça, irritação nos olhos e na garganta, tosse, crises de asma e agravar doenças respiratórias como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios são ainda mais vulneráveis aos efeitos nocivos da fumaça.
Fumaça de terceira mão
Assim como a fumaça do cigarro, a fumaça do incenso também deixa resíduos em móveis, roupas e outros objetos, que podem persistir por meses e continuar liberando substâncias tóxicas no ambiente. Essa “fumaça de terceira mão” representa um risco à saúde, principalmente para crianças que costumam engatinhar e levar as mãos à boca.
Alternativas mais seguras
Para quem não abre mão do aroma do incenso, os especialistas recomendam o uso de incensos elétricos ou vaporizadores de óleos essenciais, que não produzem fumaça. Outras opções incluem incensos naturais, feitos com ervas e resinas, e a ventilação adequada do ambiente durante a queima.
Conscientização e prevenção
É importante que os consumidores estejam conscientes dos riscos da queima de incenso e tomem medidas para se proteger e proteger seus familiares. Os profissionais de saúde também devem orientar seus pacientes sobre os perigos da exposição à fumaça e sugerir alternativas mais seguras.
folhabv