Idoso é a primeira vítima de leptospirose nas enchentes do Rio Grande do Sul

Um homem de 67 anos morreu na última sexta-feira, 17 de maio, por leptospirose na cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari, confirmou a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul na segunda-feira (20).

A doença é transmitida pela urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou na lama de locais com enchentes, e os primeiros sintomas foram percebidos no dia 9, disse a secretaria da saúde. Essa é a primeira morte confirmada pela doença no Rio Grande do Sul após o maior desastre natural registrado no estado.

O Laboratório Central do Estado (Lacen) foi quem confirmou o resultado positivo após exames detalhados. Essa é uma das principais doenças que aparecem em casos de enchentes.

A orientação da secretaria de saúde é que a população procure um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, os quais são: dor de cabeça, fraqueza, febre, dores no corpo e calafrios. O contágio ocorre pelo contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas.

Os sintomas surgem geralmente do quinto ao décimo quarto dia após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. O tratamento é feito com o uso de antibióticos e deve ser iniciado no momento da suspeita. Já para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata. A automedicação não é indicada.

“A Secretaria de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vem realizando o monitoramento de casos suspeitos a partir das notificações realizadas pelos municípios. Nas últimas semanas, foram identificadas 304 ocorrências não confirmadas de leptospirose e 19 casos confirmados”, informou a secretaria em nota.