A Fundação Pró-Memória concluiu a restauração do chafariz localizado no Jardim da Praça da Catedral, um investimento de R$ 25 mil via Ministério Público, mediante uma multa que foi revertida para a realização desse serviço. O projeto do chafariz foi realizado por uma empresa mineira, especialista em trabalhos em pedra sabão.
Foi realizada a revisão e instalação da rede hidráulica comprometida; higienização; consolidação; manufatura dos elementos destruídos em material pétreo (esteatita), resguardando as proporções, formas e funcionalidade originais, observadas na restauração de 2005 (processo nº 020/2005) e a montagem do chafariz no local.
O chafariz histórico presente na atual Praça “Paulino Botelho”, data do ano 1900 e figurou no então Jardim Público (datado de 1895) como um de seus elementos decorativos. Instalado a pedido do intendente Bellarmino Indalécio de Souza, o chafariz era composto por um repuxo em mármore, com uma piscina d’água ladeada por figuras estilizadas de delfins e leões, e ficava localizado logo à entrada do portão principal do jardim. A peça denotava o gosto do período, tão ligado aos padrões europeus, além de ter sido uma atração impar para a população da cidade.
Hoje, o chafariz está na área de entorno de um dos bens tombados do município, a Casa do Conde do Pinhal, à Rua Conde do Pinhal, esquina com a Avenida São Carlos (Processo: 00466/74 Tomb.: 23/10/1978 D.O.: 25/10/1978). As obras do chafariz completaram a revitalização do local.
De acordo com a Fundação Pró-Memória , diante da importância do chafariz para a composição do espaço da Praça “Paulino Botelho” e sua relevância para a memória histórica e coletiva da cidade de São Carlos, no ano de 2005 suas partes remanescentes, a piscina d’água e as figuras da cercania passaram por um amplo processo de restauro, realizado por uma empresa especializada, com diversos trabalhos realizados em Ouro Preto – MG, cidade histórica tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Entretanto, no ano de 2008, o Chafariz foi vandalizado, com a destruição de sua bacia central e corpo.
Assim, foi necessária uma nova restauração da peça, realizada em 2010 pela mesma empresa especializada de 2005. Além disso, foi proposto pelo Departamento de Patrimônio Material e Imaterial da Fundação Pró-Memória uma proteção do monumento (cerca de vidro), visando sua maior segurança.
Em 2016, foi realizada uma intervenção ilegal, sem o conhecimento da Fundação Pró-Memória, que causou grande dano ao monumento. Na ocasião, foram pintadas as figuras e a cercanias da piscina d’água do chafariz histórico, descaracterizando-as.
Em 2017, o monumento passou por um novo processo de restauro, realizado por uma empresa especializada que já havia restaurado importantes bens históricos de São Carlos, como a Chaminé da antiga fábrica Facchina e o conjunto arquitetônico da antiga Fábrica de Tecidos.
Após as obras de recuperação, as figuras e cercania voltaram a sua coloração original, em cimento e argamassa aparente. Em setembro de 2017, logo após a recuperação das estátuas e cercania, o chafariz foi mais uma vez vandalizado, com a destruição de suas bacias e corpo e novamente houve a necessidade da restauração atual.