Psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica alerta sobre a importância de manter uma rotina sadia e saudável para o pleno desenvolvimento dos pequenos
Já reparou quanto tempo as crianças passam no celular, no tablet ou assistindo à televisão? Durante o período das férias escolares, então, a tendência é aumentar. É fato que o uso dos aparelhos eletrônicos pelos pequenos traz praticidade para o dia a dia e inúmeras distrações, mas, em excesso, pode fazer mal à saúde.
Carol Costa Júnior, psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, enfatiza que o uso excessivo e inadequado dessas tecnologias pode acarretar em riscos significativos para o bem-estar emocional e para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.
“O excesso de telas traz prejuízos emocionais gigantes. Elas liberam neurotransmissores que geram prazer e viciam, assim uma criança sempre vai querer mais, e mais, e mais. Elas ficam realmente dependentes e vão esquecer a motricidade fina, que é o escrever, o pintar e outras atividades que ajudam o cérebro a se desenvolver”, afirma.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo de exposição a telas indicado para crianças de 2 a 5 anos é de uma hora por dia. Já para as de 6 a 10 anos, são duas horas diárias e para as maiores até três horas.
Rotina e criatividade
Segundo Júnior, investir em uma rotina sadia e saudável, além de atividades de socialização, são formas de melhorar a qualidade de vida e a saúde mental das crianças.
“A rotina é estrutural, inclusive, em qualquer tipo de educação, de conduta. A criança precisa ter atividades prontas, precisa criar coisas e saber que no dia a dia existem regras e deveres. Então, o uso da rotina é positivo no sentido de estruturar o carácter, o conhecimento e a aprendizagem”, diz.
O psicólogo também adverte sobre a importância de inserir uma atividade física para dinamizar a rotina da criança e, assim, deixar as telas de lado. “Tudo que leva oxigênio ao cérebro é muito bom para o desenvolvimento, seja cognitivo, funcional e social. E o esporte está ligado não só ao desenvolvimento, mas também à saúde”, frisa.
Prejuízos
O controle do uso de telas na infância é essencial para evitar prejuízos no desenvolvimento desta criança. Segundo Júnior, o uso excessivo traz prejuízos na verbalização, socialização, além de problemas emocionais.
“Há um grande número de pessoas procurando tratamento acerca de doenças mentais, como ansiedade e depressão, provocadas por esse uso demasiado de telas”, conclui.
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