Dolce & Gabbana lança perfume de luxo para cães por R$ 607,00

Foto: Divulgação/Dolce & Gabbana
Dolce & Gabbana lança perfume de luxo para cães por R$ 607,00

Foto: Divulgação/Dolce & Gabbana

A grife Dolce & Gabbana lançou “Fefé”, um perfume de luxo para cães, neste mês de agosto. Elaborado “especificamente para cães”, o produto não foi bem recebido por alguns veterinários. Para os profissionais, o perfume pode prejudicar o senso de olfato dos pets.

“Fefé” tem uma fórmula sem álcool, com “notas quentes” de ylang ylang, almíscar e sândalo. O frasco custa cerca de €99 (cerca de 607 reais) e vem em uma garrafa de vidro, adornada com uma “pata” banhada a ouro 24 quilates. Junto do perfume, os clientes recebem uma coleira exclusiva Dolce & Gabbana com etiqueta.

“Sou delicado, autêntico, carismático. Porque não sou apenas um cachorro, sou Fefé”, diz o comercial.

Veterinários desaconselham uso

Para a Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (RSPCA), da Inglaterra, o perfume pode ser desagradável para os bichinhos. Segundo o órgão, a fragrância pode atrapalhar a capacidade dos pets de se conectarem com o ambiente que os rodeia.

“Às vezes, os cães podem ser antropomorfizados e os limites podem ficar confusos entre o que os cães gostam e o que nós, como humanos, pensamos que eles vão gostar”, declarou Alice Potter, cientista sênior da RSPCA, ao The Guardian.

“Os cães dependem do olfato para se comunicar e interagir com o ambiente, bem como com as pessoas e outros animais dentro dele. Por isso aconselhamos que sejam evitados produtos com cheiros fortes, como perfumes ou sprays, especialmente porque alguns cheiros podem ser realmente desagradáveis ​​para os cães”.

Já a Dolce & Gabbana afirma que Fefé foi “submetido à aprovação” de etólogos e “apreciado” por veterinários.

Essa não é a primeira fragrância lançada especialmente para cães, mas é a primeira vez que uma grife entra nesse ramo. O lançamento aponta uma tendência crescente das pessoas em investir cada vez mais em seus pets. Segundo um relatório de inteligência da Bloomberg, a indústria global de animais de estimação deverá movimentar 500 bilhões de dólares por ano em 2030.

g1