Brasil

Dezoito marcas de creatina são reprovadas em estudo da Abenutri

Aleksander Saks / Unsplash

A Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) reprovou 18 marcas de creatina comercializadas no mercado, conforme o laudo deste ano, divulgado nesta quinta-feira (10) pela entidade. Na comparação com 2023, desta vez 21% das marcas reprovadas anteriormente foram aprovadas nesta edição da análise.

O estudo da associação comparou as informações constantes no rótulo dos produtos com o respectivo conteúdo das suas embalagens. No total, foram 88 produtos verificados.

O dado mais interessante do laudo foi a constatação de que dez marcas, fabricadas por quatro empresas, não continham nenhuma grama de creatina no produto. Nesta situação, uma empresa fabrica sozinha cinco das dez marcas reprovadas.

Conforme a legislação, é permitida uma variação de até 20% entre a indicação da quantidade de creatina e sua presença efetiva no produto comercializado.

Com tal critério – presença ou não de creatina no produto comercializado -, o laudo é dividido em cinco categorias: de 0% a 5%, 5,1% a 10%, 10,1% a 20%, -100% e -21% a 99%.

No primeiro caso (0% a 5%) foram 48 marcas aprovadas. Nas categorias seguintes (5,1% a 10% e 10,1% a 20%) foram 13 marcas aprovadas.

Veja a relação de todas as marcas analisadas, aprovadas e reprovadas, no site da Abenutri.

Os fabricantes entraram com medidas judiciais contra a divulgação dos resultados.

Resposta das marcas

Em nota enviada à redação, o Grupo Supley afirmou que realiza análises rotineiras de todos os produtos e marcas fabricados pela empresa, sem qualquer registro de inconformidade. “A companhia – que está associada à Brasnutri, entidade que reúne mais de 40 empresas – adota as melhores práticas para garantir o padrão de qualidade, alguns deles inclusive com selo Creapure, e reforça seu compromisso com o direito do consumidor e a legislação vigente, trazendo total transparência em seus rótulos”, afirmou.

O grupo disse ainda que optou pela medida judicial contra as divulgações organizadas pela Abenutri visto que a “referida associação tem uma postura controversa diante do mercado e um histórico de avaliações que não seguem os padrões técnico-científicos estabelecidos pelos órgãos competentes”.

AGÊNCIA BRASIL

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