Um dado surpreendente veio à tona em um levantamento realizado por um detetive particular que atua na investigação de casos de infidelidade. Segundo o profissional, que prefere não se identificar, cerca de 70% das traições apuradas em seu trabalho envolvem maridos ou namorados que mantêm relacionamentos com homens ou travestis, desafiando os estereótipos comuns associados à infidelidade conjugal.
Com anos de experiência na área, o detetive explica que os casos chegam até ele geralmente por suspeitas de parceiros, na maioria mulheres, que percebem mudanças de comportamento, como horários incompatíveis ou evasivos frequentes. “Muitas vezes, um cliente imagina que o marido está com outra mulher, mas a investigação acaba revelando uma realidade completamente diferente”, relata. Ele destaca que a descrição e o uso de tecnologias, como rastreamento por GPS e análise de mensagens, são ferramentas essenciais para chegar aos resultados.
O percentual de 70% foi obtido com base em um recorte de suas investigações mais recentes, realizadas ao longo de 2024 e início de 2025. Embora não represente uma estatística oficial ou científica, o dado chama atenção por indicar um padrão que, segundo o detetive, tem se tornado mais visível nos últimos anos. “A sociedade está mudando, e os casos que parecem refletir isso. Antes, era raro ver situações assim, mas hoje é algo que se repete com frequência”, comenta.
Especialistas em comportamento humano consultados para esta matéria sugerem que as interferências podem estar ligadas a uma maior abertura para explorar a sexualidade, mesmo em segredo, ou à repressão de desejos em relações heteronormativas. “Muitos homens ainda sentem dificuldade de assumir sua orientação ou preferências por medo de julgamento, o que pode levar a esses casos de duplicidade”, explica uma psicóloga especializada em relacionamentos, que também pediu anonimato.
A descoberta, no entanto, nem sempre é o fim da linha para os casais investigados. O detetive conta que, em alguns casos, os parceiros optam por buscar diálogo ou terapia após o choque inicial, enquanto em outros a traição marca o fim definitivo da relação. “Meu papel é só trazer a verdade. O que faz com ela é decisão de cada um”, afirma.
O levantamento do detetive reacende debates sobre fidelidade, confiança e os rumores das relações modernas, mostrando que, por trás das suspeitas, as histórias podem ser mais complexas do que se imagina. Até o momento, não há dados nacionais que corroborem ou ampliem essa estatística, mas o relato oferece um vislumbre intrigante sobre um lado menos discutido da infidelidade.