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Compreender o perfil de dor de mulheres com cólica menstrual pode auxiliar no tratamento do problema que afeta esse público

Huge morning pain of stomach

Projeto de Iniciação Científica da UFSCar convida voluntárias para avaliação e orientação gratuitas

Um projeto de Iniciação Científica, desenvolvida no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo compreender o perfil de dor de mulheres com dismenorreia primária (cólica menstrual) em diferentes momentos do ciclo menstrual. O estudo convida voluntárias para avaliação e orientação gratuitas, que acontecerão no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da Universidade. O estudo é realizado pela graduanda Marthynara Barbosa da Silva, sob orientação de Mariana Arias Avila, docente do DFisio.

A dismenorreia, popularmente conhecida como cólica menstrual, é considerada primária quando não está associada a uma doença ginecológica. Passa a ser considerada secundária quando há doenças relacionadas, como endometriose, adenomiose e síndrome dos ovários policísticos, por exemplo. “Acredita-se que a dismenorreia primária pode tornar a mulher mais sensível à dor durante a sua ocorrência, não somente na região do baixo ventre, como também em áreas diferentes. No entanto, sabe-se que existem muitas mulheres que, por causa da dismenorreia primária, ficam com maior sensibilidade à dor mesmo fora do período menstrual”, explica pesquisadora, citando um estudo realizado pelo grupo de pesquisa da UFSCar que evidenciou que a cólica presente desde a adolescência aumenta a chance da mulher ter sensibilização central, um fenômeno que leva a essa maior sensibilidade a diversos estímulos, e também à dor. “Portanto, conhecer o perfil de dor de mulheres durante a cólica, e fora desse período, pode nos ajudar a entender melhor como a cólica pode ser tratada, inclusive pela Fisioterapia”, complementa Marthynara Silva.

A expectativa da pesquisa é encontrar uma relação entre a intensidade da cólica menstrual e a presença de sensibilização central, que pode ocasionar o aumento da percepção da dor nas mulheres. De acordo com a graduanda, os resultados da pesquisa serão importantes para nortear a prática clínica dos profissionais que atuam com saúde da mulher, inclusive fisioterapeutas, bem como estimular a busca de estratégias de controle e manejo da dor menstrual tanto para as mulheres que têm a sensibilização central quanto para as que não têm.

Para realizar o estudo estão convidadas mulheres, de 18 a 45 anos, que tenham cólica menstrual (dismenorreia primária) para passarem por avaliação durante duas visitas ao Lamu e para receberem orientação sobre essa condição. As interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3B0u5La). Outras informações sobre o estudo podem ser solicitadas à pesquisadora pelo telefone (16)99614-7176 ou pelo e-mail marthynara@estudante.ufscar.br. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 79991024.8.0000.5504).

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