Brasil

Com Lei Paulo Gustavo, R$ 3,9 bi foram investidos no setor cultural brasileiro

Globo/João Cotta

 De acordo com o Ministério da Cultura, 95% dos recursos da Lei Paulo Gustavo disponibilizados aos estados, municípios e Distrito Federal foram executados. Criada para ajudar o setor cultural a se recuperar da pandemia, a execução do mecanismo de fomento havia sido prorrogada até o fim de 2024.

O valor total repassado do governo federal aos entes federativos foi de R$ 3,8 bilhões. De acordo com o MinC, essa quantia chegou a R$ 4,1 bilhões após rendimentos bancários. Desse total, R$ 3,9 bilhões foram investidos no setor cultural.

Piauí e o Amazonas foram os estados que mais aproveitaram os recursos disponibilizados por meio da LPG, com a execução de 99,8% do montante repassado.

De acordo com dados do ministério, a região Nordeste executou mais de R$ 1 bilhão, o que representa 96% do dinheiro repassado pelo Governo Federal. Com exceção do Norte, todas as regiões brasileiras executaram mais de 90% dos recursos.

Ao Região Sudeste, foi disponibilizado R$1,45 bilhão -deste montante, 95,6% foi utilizado.

O Sul executou 95,1% dos R$ 523 milhões disponibilizados pelo MinC. A região Centro-Oeste recebeu R$298,3 milhões, dos quais 93% foram utilizados. A região Norte teve R$424 milhões recebidos, dos quais 89,8% executados.

Segundo cálculos do MinC, cidades com até 20 mil habitantes investiram em média R$310,1 milhões por meio da LGP, e cidades com mais de 900 mil habitantes investiram em torno de R$368 milhões, em média.

A Lei Paulo Gustavo instituiu que transferências federais aos demais entes da federação, se feitos dentro do âmbito de enfrentamento das consequências sociais e econômicas no setor cultural decorrentes de calamidades públicas ou pandemias, não poderiam contabilizar na meta de resultado primário da Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei também designa o Fundo Nacional da Cultura como uma fonte para os recursos.

A LPG funciona da seguinte forma: o governo federal disponibilizou um montante para os entes federativos. Em seguida, coube aos estados, municípios e Distrito Federal manifestar o interesse em receber o dinheiro. Os entes então deveriam apresentar um plano de ação para solicitar os recursos. O dinheiro seria investido no setor cultural por meio de editais, chamamentos públicos, prêmio ou outros tipos de seleções públicas. O dinheiro não executado deve ser devolvido à União.

Em 2021, quando parlamentares e o setor cultural tentavam emplacar um segundo auxílio emergencial a artistas, o então secretário especial da Cultura, Mario Frias (PL-SP), disse que, caso o projeto fosse aprovado, “todos os projetos culturais que estão com apoio do governo federal serão interrompidos, por falta de recursos”.

POR FOLHAPRESS

Compartilhar
Publicado por

Notícias Recentes

PF não achou provas contra Eduardo e Michelle, diz Andrei Rodrigues

Odiretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, disse que a corporação não encontrou provas…

2 horas atrás

Dada a largada para o “Carnaval 2025 Tradição da Alegria”: tem edital aberto para os blocos da cidade

A Secretaria Municipal de Cultura e Fundart lançaram o edital de chamamento para celebração de…

2 horas atrás

Tom Baratella é a nova atração confirmada do Bloco Califórnia

O cantor sertanejo Tom Baratella é mais uma atração confirmada da 8ª edição do Bloco…

2 horas atrás

Datena diz que deixará SBT caso Suzane von Richthofen seja contratada

Datena, 67, comentou os rumores de que Suzane von Richthofen seria a nova contratada do…

2 horas atrás

Anatel quer aumentar monitoramento de ligações indesejadas

As prestadoras de telefonia móvel e fixa terão que enviar mensalmente à Agência Nacional de…

3 horas atrás

Dupla é presa com 70 tijolos de crack escondidos na lataria de carro no interior de SP

A Polícia Militar Rodoviária encontrou, na terça-feira (28), 70 tijolos de crack, escondidos na lataria…

3 horas atrás

Este site faz uso de cookies.