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Colapso da vida humana na Terra já tem data para acontecer

Colapso da vida humana na Terra já tem data para acontecer

Há mais de seis décadas, um estudo do físico austríaco Heinz von Foerster trouxe um alerta que continua a ressoar: um crescimento populacional descontrolado poderia levar a um colapso global em 2036. Conhecido como o “Relatório Doomsday”, o estudo não menciona catástrofes específicas, mas calcula que o crescimento rápido da população mundial poderia resultar no esgotamento de recursos vitais — como água, comida e energia —, comprometendo a vida no planeta.

Von Foerster, junto com seus colegas, argumentou que, se a população seguisse crescendo no mesmo ritmo, os sistemas naturais e a infraestrutura humana não suportariam a demanda crescente. Na época, o estudo pintou um cenário preocupante em que, caso nada mudasse, estaríamos em rota de colisão com os limites físicos da Terra. Embora a previsão não tenha se concretizado, o “Relatório Doomsday” teve impacto significativo, influenciando debates sobre sustentabilidade e uso racional dos recursos ao longo das décadas.

Nas últimas décadas, no entanto, o crescimento populacional desacelerou em diversas regiões, especialmente em países desenvolvidos, o que ajuda a conter o risco de uma explosão populacional desordenada. Fatores como urbanização, acesso à educação e políticas de planejamento familiar contribuíram para essa desaceleração. Ainda assim, o estudo de Von Foerster continua relevante ao evidenciar a importância de um equilíbrio entre população e recursos.

Apesar de a data de “colapso” em 2026 parecer improvável sob as condições atuais, as lições do relatório não são menos urgentes. O esgotamento de recursos ainda é uma ameaça latente, especialmente em regiões onde os recursos naturais são mais escassos e a pressão populacional persiste. Questões como a crise hídrica, mudanças climáticas e desperdício de alimentos mostram que o planeta enfrenta desafios críticos de sustentabilidade.

Ao longo das últimas décadas, especialistas também alertam que o crescimento econômico desenfreado e o aumento no consumo per capita intensificam a pressão sobre os recursos, mesmo sem uma explosão demográfica. A mensagem de Von Foerster, portanto, vai além dos números populacionais e ecoa nas práticas cotidianas: para garantir o futuro, o uso sustentável dos recursos não é uma opção, mas uma necessidade.

O “Relatório Doomsday” ainda hoje serve como um lembrete — quase profético — de que o planeta é finito e que, para evitar um colapso global, o equilíbrio entre consumo e recursos deve ser uma prioridade.

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