As enchentes são um dos problemas mais graves enfrentados por São Carlos, afetando a vida de centenas de comerciantes e milhares de cidadãos a cada período de chuvas intensas. Mario Casale, candidato a prefeito pelo partido Novo, apresenta em seu Plano de Governo uma abordagem inovadora e abrangente com a finalidade de atenuar este distúrbio da natureza. “Nossa proposta é combinar a experiência prática com os conceitos mais modernos de urbanismo, construindo uma infraestrutura mais resiliente e eficaz”, confirma.
Com seu amplo conhecimento adquirido no Conselho de Defesa Civil e na coordenação do projeto Enchente Zero, do grupo suprapartidário e voluntário Move Sanca, o candidato do Novo propõe unir conceitos de infraestruturas verde e cinza, criando um sistema eficiente de gestão das águas pluviais, inspirado no modelo de cidade esponja, cujo conceito ele conheceu em Curitiba (PR). “Tem que haver uma implementação de áreas de drenagem, que permitam a infiltração da chuva, tantos nas calçadas, como nos parques e praças”, expõe Casale. “Esse procedimento visa reduzir a impermeabilização do solo, exacerbada pela falta de árvores e áreas permeáveis no centro da cidade”, complementa.
Como integração ao projeto de áreas verdes, o candidato também defende a instalação de piscinões em locais estratégicos, com a intenção de armazenar o excesso de água durante os temporais de alto volume pluviométrico. “A presença de parques lineares em torno dos rios facilita a penetração da água no solo, cujas medidas combinadas escoam rapidamente o acúmulo de enxurradas”, detalha Casale. “A ausência de uma manutenção mais efetiva das tubulações e das bocas de lobo entupidas contribui para muitos alagamentos”, observa.
Além de grandes obras de infraestrutura, o candidato do Novo sugere o uso de técnicas de microdrenagem, como poços de infiltração, para aumentar a capacidade de absorção de água pelo solo. Essas soluções descentralizadas podem complementar os esforços maiores, proporcionando uma resposta mais eficaz e abrangente ao problema das enchentes. “Embora não seja possível replicar exatamente o modelo de Curitiba, acredito que muitas lições podem ser aprendidas e adaptadas para a realidade local”, verifica o prefeiturável.
Casale reconhece que resolver o problema das enchentes não é uma tarefa que se encerra em uma gestão de quatro anos. Ele propõe um projeto de longo prazo que envolva a sociedade em todas as etapas. “A participação cidadã é vista como essencial para garantir que as soluções implementadas sejam amplamente aceitas e concretas”, analisa. “O projeto atual apresentado pela Prefeitura é de caráter eleitoreiro, realizado às pressas antes da campanha e não atua de forma abrangente o problema”, critica.
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