A extensa mancha de fogo, que se estende por mais de 500 km, evidencia a gravidade dos incêndios florestais na região, afetando tanto a Bolívia quanto estados brasileiros como Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
O mapa de concentração de monóxido de carbono, que indica níveis elevados desse gás tóxico na atmosfera, é um indicador importante da magnitude dos incêndios. O monóxido de carbono é liberado em grandes quantidades durante a queima de biomassa, como florestas e vegetação, e pode ter efeitos nocivos tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.
Os incêndios na Amazônia são frequentemente associados a práticas de desmatamento ilegal e à expansão agrícola, e têm consequências devastadoras para a biodiversidade, as populações indígenas e o clima global. A fumaça gerada pelos incêndios também pode se espalhar por grandes distâncias, afetando a qualidade do ar em regiões muito além da área diretamente atingida pelo fogo.
Esses eventos sublinham a necessidade urgente de ações de proteção e conservação da Amazônia, além de políticas eficazes para prevenir e controlar incêndios florestais na região.
O coordenador do Lapis (Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite) da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Humberto Barbosa, disse ao UOL que “o sul da Amazônia está pegando fogo, literalmente”.
A mancha foi captada pelo satélite Copernicus que revelou que o fogo possuía 500 km de altura no mapa e 400 km de largura.
De acordo com o Programa de Queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), somente no mês de agosto a Amazônia registrou 28.697 focos de calor
O número de focos de incêndio pelo país cresceram em 2024.O número de focos de queimadas no Brasil em agosto já é o maior para o mês desde 2010.
Já foram registrados 53.976 focos de incêndio até a última terça-feira (27/8), sendo que em agosto de 2010 foram contabilizados 90.444 focos de fogo.