Durante entrevista no Camarote Anhembi, na capital paulista, o cantor Alexandre Pires, de 49 anos, saiu em defesa dos enredos de escolas de samba que abordam religiões de matriz africana. Para o artista, esses temas não refletem apenas a essência da cultura brasileira, mas também merecem destaque nas festividades carnavalescas.
“As religiões afro sempre fizeram parte da cultura popular brasileira. A cultura afro, de maneira geral, está presente nas veias do povo brasileiro. A nossa história já diz tudo”, declarou Pires, reforçando a importância histórica e cultural dessas tradições. Ele ainda destacou que o assunto é recorrente entre as principais agremiações do Rio de Janeiro e de São Paulo, o que considera “importantíssimo” para a valorização da identidade nacional.
O posicionamento do cantor surge em meio a debates sobre a escolha de temas para o Carnaval, reacendendo a discussão sobre a representatividade da cultura afro nas passarelas do samba. Além de comentar a festa, Pires aproveitou para revelar detalhes de seu próximo projeto musical: um álbum que mistura pagode e sertanejo, gravado em Goiânia, com lançamento previsto para após o Carnaval. “No Brasil, todos os estilos se conectam. Será feito com muito respeito e carinho”, adiantou.
Com uma carreira consolidada no pagode e no samba, Alexandre Pires reafirma seu compromisso com a diversidade cultural, celebrando a riqueza das raízes brasileiras tanto na música quanto nas tradições que cruzam o Sambódromo.
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