Pesquisa da UFSCar avalia força de determinados músculos de mulheres atletas durante mudanças de direção em diferentes esportes

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Pesquisa da UFSCar avalia força de determinados músculos de mulheres atletas durante mudanças de direção em diferentes esportes

De acordo com literatura, mulheres têm até seis vezes mais chances de lesionar ligamentos do joelho se comparada a homens atletas

Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende investigar se a força dos músculos isquiotibiais, quadríceps e glúteo médio de mulheres atletas pode ser fator preditivo da força que faz o joelho ir para dentro durante práticas esportivas que exijam mudança de direção (side-step cutting). A expectativa é que os resultados possam contribuir para intervenções que evitem lesões e qualifiquem a reabilitação dessas atletas. A pesquisa convida voluntárias para avaliações e testes gratuitos.

O estudo é conduzido pelo mestrando Viniciuis Bianquini, sob orientação de Fábio Serrão, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. Os músculos isquiotibiais ficam na região posterior (atrás) da coxa, o quadríceps se encontra na região anterior (frente) da coxa e o glúteo médio está na região do quadril. O objetivo do estudo é compreender se a força desses músculos em mulheres atletas é fator preditivo da magnitude do momento externo abdutor do joelho (força que faz o joelho ir para dentro) durante uma tarefa que envolve uma corrida com mudança de direção, chamada side-step cutting. Esse tipo de tarefa ocorre principalmente com atletas que praticam esportes como futsal, handebol, basquete, flag, rugby, dentre outros. “Entender se existe uma relação entre as variáveis estudadas durante a tarefa de mudança de direção pode contribuir para um programa de prevenção de lesão e até mesmo abre portas para futuros estudos que envolvam os programas de reabilitação e prevenção de lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) em mulheres atletas”, explica Bianquini.

O mestrando relata que na literatura já há evidências que indicam a predisposição maior das mulheres para esse tipo de lesão. “Mulheres atletas que participam de esportes que envolvem saltos e mudanças de direção possuem 4 a 6 vezes mais chances de lesionar o LCA quando comparadas aos homens atletas”, pontua. Diante disso, a expectativa da pesquisa é que “as variáveis analisadas possuam correlação com a magnitude do momento externo abdutor do joelho, pressupondo que uma maior força muscular predispõe uma menor magnitude, logo um menor fator de risco para lesão de LCA, e assim, o contrário também é válido”, expõe o pesquisador. 

Para realizar a pesquisa, são convidadas mulheres atletas, entre 18 e 35 anos, que pratiquem esportes que exijam mudança de direção. As participantes passarão por testes e avaliações durante única visita ao DFisio. As interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3ZAtQQZ) ou fazer contato pelo WhatsApp (16) 9775-2103. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE:78050824.6.0000.5504).