Alunos do sexto ano da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), no interior de São Paulo, estão sob investigação por aplicarem um golpe em calouros durante a semana de recepção dos novos estudantes, no início de fevereiro.
Os veteranos se passaram por funcionários da instituição e, através do WhatsApp, enviaram mensagens aos ingressantes solicitando documentos e pagamentos de taxas de matrícula inexistentes.
Cada vítima teria sofrido um prejuízo de até R$ 1.000. Além disso, os responsáveis pelo golpe teriam informado datas erradas para a matrícula, com o intuito de fazer os calouros perderem suas vagas.
Em nota, a Famerp repudiou veementemente a conduta, classificando-a como um “grave incidente”, e afirmou ter tomado medidas administrativas e jurídicas para responsabilizar os envolvidos. Os autores do golpe alegaram que se tratava de um trote. O centro acadêmico da instituição, Euryclides Zerbini, também condenou a ação, destacando que práticas desse tipo ultrapassam os limites do respeito, da ética e do bom senso, causando danos psicológicos e emocionais. Desde 2015, o estado de São Paulo possui uma lei que proíbe trotes em instituições públicas de ensino. Em agosto do ano passado, o governador Tarcísio de Freitas promulgou uma norma que responsabiliza as universidades por trotes violentos realizados por seus alunos, exigindo que as instituições adotem medidas preventivas e apliquem penalidades aos infratores, incluindo a possibilidade de expulsão.