Faleceu no último dia 14 de fevereiro, aos 97 anos, o químico italiano Francesco Rivella, amplamente reconhecido como o “pai da Nutella”. O funeral ocorreu na segunda-feira (17), na catedral de Alba, cidade onde Rivella passou grande parte de sua vida.
Nascido em Barbaresco, Itália, Rivella iniciou sua trajetória profissional na Ferrero em 1952, logo após graduar-se em química bromatológica pela Universidade de Turim. Trabalhando no “departamento de química” da empresa, ele desempenhou um papel crucial na transformação do “Giandujot”, uma pasta sólida de avelã e chocolate criada em 1946, em uma versão cremosa chamada “SuperCrema” em 1951. Essa inovação foi fundamental para o desenvolvimento posterior da Nutella, lançada oficialmente em 1964.
Ao longo de sua carreira, Rivella colaborou estreitamente com Michele Ferrero, filho do fundador da empresa, Pietro Ferrero. Juntos, viajaram pelo mundo estudando e aprimorando produtos de confeitaria, sempre com o objetivo de inovar e elevar os padrões de qualidade. Rivella ascendeu a posições de liderança dentro da Ferrero, contribuindo significativamente para o sucesso global da marca.
Após sua aposentadoria, dedicou-se à fruticultura e ao “pallapugno”, um esporte tradicional italiano. Rivella deixa três filhos, uma filha e sete netos. Coincidentemente, sua morte ocorreu exatamente uma década após o falecimento de Michele Ferrero, em 14 de fevereiro de 2015.
A cidade de Alba, que recentemente celebrou os 60 anos da Nutella com uma exposição interativa no Museu Maxxi, despediu-se de um de seus cidadãos mais ilustres, cuja contribuição para a gastronomia mundial permanece inestimável.