Em um tom de crescente impaciência, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou um recado direto ao presidente russo, Vladimir Putin, exigindo o fim imediato dos ataques na Ucrânia e a assinatura de um acordo de paz. A declaração foi feita no domingo (27) por meio da rede social Truth Social, em resposta a recentes bombardeios russos em Kiev, que mataram pelo menos 12 pessoas.
“Já temos os contornos de um acordo, e quero que você o assine”, afirmou Trump, destacando a urgência de encerrar o conflito que, segundo ele, resulta na morte de cerca de 5 mil soldados por semana. O presidente americano expressou frustração com a continuidade dos ataques russos, especialmente após um bombardeio na capital ucraniana na quinta-feira (24), que ele classificou como “desnecessário” e ocorrido em um “momento inoportuno” para as negociações de paz.
Contexto das Negociações
Trump, que assumiu seu segundo mandato em janeiro de 2025, tem se empenhado em negociações bilaterais com a Rússia, muitas vezes excluindo a Ucrânia das discussões iniciais, o que gerou tensões com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Na semana passada, os dois líderes se encontraram na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante o funeral do Papa Francisco, em um evento que foi descrito como uma possível cimeira pela paz.
No entanto, as negociações enfrentam obstáculos. Trump sugeriu que começa a duvidar das intenções de Putin, questionando se o líder russo realmente deseja encerrar o conflito. O senador Marco Rubio, secretário de Estado, reforçou a criticidade do momento, afirmando que esta semana será decisiva para determinar se os EUA continuarão engajados no processo ou se voltarão sua atenção para outras prioridades globais. “Há razões para otimismo, mas também para realismo”, disse Rubio em uma entrevista televisionada.
Reações e Perspectivas
Os bombardeios russos em Kiev, que incluíram mísseis e drones, foram condenados internacionalmente. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, interrompeu uma viagem à África do Sul para retornar ao país e gerenciar a crise, reiterando que aceitou uma proposta de cessar-fogo dos EUA há 44 dias, mas que a Rússia continua atacando. A chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas, criticou a Rússia, afirmando que os ataques mostram uma “zombaria” da busca pela paz.
Apesar das críticas a Putin, Trump mantém sua proposta de paz, que inclui a possibilidade de reconhecer a anexação da Crimeia pela Rússia e a cessão de outros territórios, algo que Zelensky considera inaceitável por violar a Constituição ucraniana. O presidente americano, no entanto, insiste que o fim da guerra seria uma “grande concessão” por parte da Rússia, que atualmente controla cerca de 20% do território ucraniano.
Próximos Passos
Trump indicou que as negociações devem avançar rapidamente, com a possibilidade de um encontro direto com Putin antes do fim do mês. Enquanto isso, a comunidade internacional observa com cautela, especialmente após o presidente americano ameaçar aumentar sanções e tarifas contra a Rússia caso não haja progresso.
A situação permanece fluida, com a pressão por um cessar-fogo crescendo em meio a um conflito que completa três anos em 2025. Para mais atualizações, acompanhe os canais oficiais de notícias internacionais.