O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enfrentado queda de prestígio tanto no cenário internacional quanto dentro do Brasil. É o que aponta uma reportagem do jornal britânico The Economist, que já havia sido entusiasta do petista em 2022, mas agora adota tom crítico ao atual governo.
Segundo a publicação, a imagem de Lula junto a líderes globais perdeu força, enquanto sua popularidade entre os brasileiros também diminui. Em 2022, o jornal estampou o Cristo Redentor ligado a aparelhos na capa e afirmou que apenas Lula poderia evitar um novo mandato de Jair Bolsonaro, considerado perigoso para o Brasil e para o mundo. Três anos depois, a visão mudou.
Nas Américas, o texto destaca o isolamento de Lula em relação ao presidente da Argentina, Javier Milei. A segunda maior economia da América do Sul, historicamente parceira do Brasil, agora se mostra mais alinhada aos Estados Unidos e à linha política de Donald Trump.
O The Economist também ressalta que, apesar de Bolsonaro estar sob risco de prisão por suposta tentativa de golpe, sua influência política continua forte. Se a direita se unir em torno de um novo nome até 2026, afirma o jornal, terá grandes chances de vencer.
A reportagem ainda aponta sinais de fraqueza do governo, como a inédita derrubada de um decreto presidencial pelo Congresso que revogava o aumento do IOF — algo que não ocorria há 30 anos.