Política

“Tadalafila? Isso é Coisa do Passado!” Bolsonaro Aposta no Chip e na Juventude Eterna

© Getty Images

O ex-presidente Jair Bolsonaro, de 69 anos, surpreendeu ao revelar, em entrevista ao jornalista Leo Dias na última terça-feira (25), que utiliza um chip hormonal para aprimorar seu desempenho sexual. Durante a conversa, transmitida pela Leo Dias TV, Bolsonaro respondeu a uma pergunta sobre sua vida sexual afirmando estar “10” e negou o uso de tadalafila, medicamento comum para tratar disfunção erétil. “Tadalafila já era, agora é chip, já ouviu falar? (…) Coloquei, qual o problema? (…) Me sinto com 40 anos de idade”, declarou o ex-mandatário, destacando que o implante “mudou” sua vida.

Segundo Bolsonaro, o dispositivo foi inserido sob a pele, na região próxima à base da coluna, e tem duração aproximada de seis meses. Ele não especificou qual hormônio está presente no implante, mas o contexto sugere que poderia ser testosterona, frequentemente associada à reposição hormonal em homens mais velhos. A diminuição natural desse hormônio com a idade pode impactar a libido e a função sexual, algo que a terapia hormonal busca corrigir.

O que é o chip hormonal?

Os chamados “chips hormonais” são implantes subcutâneos que liberam hormônios de forma gradual no organismo. Popularizados nos últimos anos, esses dispositivos têm sido usados para diversas finalidades, desde reposição hormonal até promessas de melhora estética e de desempenho físico. No caso de homens, como possivelmente o de Bolsonaro, o implante de testosterona é uma opção para tratar o hipogonadismo — condição em que o corpo produz níveis insuficientes do hormônio —, podendo melhorar a libido, a energia e até a massa muscular.

O procedimento é simples: o chip é colocado sob a pele com anestesia local e vai liberando a substância ao longo de meses, evitando a necessidade de doses diárias ou injeções frequentes. No entanto, especialistas alertam que o uso exige acompanhamento médico rigoroso.

Riscos e controvérsias

Embora o ex-presidente tenha celebrado os efeitos do implante, a terapia hormonal não é isenta de riscos. O uso de testosterona, por exemplo, pode aumentar a probabilidade de problemas cardíacos, como infartos, além de complicações psiquiátricas, hepáticas e renais. “A terapia hormonal demanda um acompanhamento médico de perto”, enfatizam profissionais da área. Sem uma indicação clara de deficiência hormonal, o uso indiscriminado pode trazer mais prejuízos do que benefícios.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regula o uso desses implantes. Recentemente, a agência proibiu chips hormonais manipulados para fins estéticos ou esportivos, permitindo seu uso apenas em casos terapêuticos, como a reposição hormonal. A popularidade dos dispositivos, no entanto, tem gerado debates entre sociedades médicas, que questionam a segurança e a eficácia de algumas formulações.

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