Um engenheiro de software de 36 anos, morador de Solihull, na Inglaterra, viveu uma situação surreal: comprou, sem saber, o próprio carro que havia sido roubado dois meses antes.
Ewan Valentine teve seu carro esportivo roubado em fevereiro. O modelo, um Honda Civic Type R avaliado em mais de £20 mil (cerca de R$150 mil) era um verdadeiro xodó. Após a frustração de não obter respostas da polícia e da seguradora, ele começou a procurar outro veículo semelhante.
Foi então que encontrou um exemplar idêntico — mesma cor, escapamento personalizado e até detalhes internos — e decidiu comprá-lo. Mas ao abrir o porta-malas, algo chamou a atenção: lá estavam objetos pessoais que pertenciam a ele, como uma estaca de barraca e pinheiros aromatizantes. Até o cheiro de cerveja que havia derramado tempos antes ainda estava lá.
Outros indícios surgiram: o GPS mostrava endereços conhecidos e seu celular se conectou automaticamente ao sistema do carro. Convencido de que havia reencontrado seu veículo, Ewan acionou a polícia.
A inspeção revelou adulterações nos números de identificação. Mas técnicos da montadora usaram um computador para acessar o sistema do carro e confirmaram que se tratava do mesmo veículo roubado. A suspeita é de que uma quadrilha especializada tenha clonado o carro.
O automóvel passou por perícia e foi entregue à seguradora, que decidirá se o devolverá a Ewan ou pagará a indenização. Isso é que chamamos de ser roubado duas vezes. Que situação!