A ideia de receber um valor fixo todo mês, sem precisar provar nada a ninguém, parece utópica para uns e perigosa para outros. Mas a Renda Básica Universal é uma discussão antiga que, paradoxalmente, se torna cada vez mais atual.
O Papa Francisco em meio a pandemia de Covid, defendeu a ideia, dizendo que “este pode ser o momento de considerar um salário universal”, em referência à dignidade humana. Já Elon Musk, acredita que a medida será necessária diante da crescente automação em serviços que substituem humanos: “Com o tempo, não teremos escolha”.
Tentando compreender o efeito que a medida teria, uma pesquisa recente feita na Alemanha pela organização Mein Grundeinkommen (Minha renda básica), constatou que o “dinheiro grátis” não gera preguiça.
O estudo alemão foi realizado com um grupo cuidadosamente selecionado: entre os milhares de candidatos, 122 pessoas foram escolhidas aleatoriamente para receber 1.200 euros por mês — o equivalente a cerca de R$ 7.900 — ao longo de três anos, começando em junho de 2021.
Todos os participantes tinham entre 21 e 40 anos, moravam sozinhos e recebiam entre 1.100 e 2.600 euros líquidos por mês, garantindo que os dados fossem comparáveis e representassem uma faixa específica da população.
O resultado, segundo a pesquisa, mostrou que quem recebeu a renda continuou trabalhando — e mais: ficou mais confiante, saudável e motivado.
E se você tivesse essa segurança, trabalharia menos? Acha que a medida daria certo no Brasil? A provocação está lançada.