FOTO: Pablo Jacob /Governo do Estado de SP
O número de pessoas presas em operações contra adulteração de bebidas alcoólicas em São Paulo subiu para 41 neste sábado (4), segundo balanço da Polícia Civil. As ações, realizadas na capital e em cidades como Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí, fazem parte da força-tarefa montada pelo governo estadual após a escalada de contaminações por metanol. Além das prisões, foram recolhidas milhares de garrafas e rótulos utilizados em falsificações, e 11 estabelecimentos foram interditados preventivamente.
De acordo com a Secretaria da Saúde, já são 162 ocorrências de intoxicação por metanol no estado — 14 confirmadas (com duas mortes, ambas em São Paulo) e 148 em investigação, incluindo sete óbitos suspeitos. Os municípios mais afetados são a capital paulista, com 75 investigações e 11 confirmações, e São Bernardo do Campo, com 29 registros em análise e um confirmado.
Somente nesta semana, 19 pessoas foram presas e 6,9 mil garrafas suspeitas de adulteração recolhidas para perícia. Desde o início do ano, o total de apreensões chega a 50 mil unidades, além de 78 mil rótulos falsificados.
As operações contam com a participação da Polícia Civil, Procon-SP, Secretaria da Fazenda e Vigilâncias Sanitárias estadual e municipais. Os alvos vão de bares a distribuidoras, muitos interditados também por falhas sanitárias como má conservação de alimentos e higiene precária.
O governo reforçou ainda a rede laboratorial. Suspeitas de intoxicação passam agora por exames rápidos no Laboratório de Toxicologia da USP em Ribeirão Preto, com laudos prontos em até uma hora. O Instituto Adolfo Lutz organiza o transporte das amostras.
A intoxicação por metanol pode causar cegueira e morte. A recomendação é evitar bebidas sem procedência clara e procurar atendimento médico imediato em caso de sintomas como dor abdominal intensa, tontura e alteração de consciência.
Denúncias sobre suspeitas de adulteração podem ser feitas pelo Disque Denúncia 181, no site da Polícia Civil (www.webdenuncia.sp.gov.br) ou pelo Procon-SP, via telefone 151 e plataforma online.