As temperaturas globais devem seguir em níveis recordes ou muito próximos disso entre 2025 e 2029, segundo relatório divulgado pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), agência climática da ONU. A previsão é de que a temperatura média global fique entre 1,2°C e 1,9°C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900).
Há 80% de chance de que, nos próximos cinco anos, pelo menos um deles supere 2024 como o mais quente da história. Além disso, a probabilidade de que um desses anos ultrapasse os 1,5°C de aquecimento é de 86%. A chance de que a média do período como um todo ultrapasse essa marca crítica é de 70%.
O relatório alerta que cada fração extra de aquecimento intensifica fenômenos extremos: mais ondas de calor, secas severas, chuvas intensas, derretimento de geleiras e elevação do nível do mar. O Ártico seguirá como a região mais afetada, com aquecimento 3,5 vezes acima da média global, podendo atingir 2,4°C entre novembro e março.
As previsões também indicam recuo do gelo marinho em áreas como o mar de Barents e o mar de Bering. Já os padrões de chuva variam: aumento no Sahel, norte da Europa, Alasca e Sibéria, e secas mais intensas na Amazônia.
O relatório ainda aponta que 2024 foi, provavelmente, o primeiro ano a ultrapassar a média de 1,5°C em relação à era pré-industrial — atingindo 1,55°C — o maior nível em 175 anos de medições.