Apesar da indignação com o escândalo no INSS, a oposição segue sem consenso quanto à viabilidade de um processo de impeachment contra o presidente Lula.
Enquanto a ala mais ideológica — com nomes como Nikolas Ferreira, Marcel Van Hattem e Carla Zambelli — defende abertamente a medida, parte do grupo conservador, inclusive lideranças do PL e da família Bolsonaro, adota postura mais estratégica: prefere desgastar o governo gradualmente até as eleições de 2026. Um dos argumentos centrais é o temor de que um eventual afastamento de Lula coloque Geraldo Alckmin na Presidência em pleno calendário eleitoral, o que poderia beneficiar o campo governista. A fala do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcanti, resume a resistência: para ele, trocar Lula por Alckmin seria “trocar seis por meia dúzia”.
Enquanto isso, pedidos de impeachment continuam a ser protocolados — já são três até o momento, todos relacionados às denúncias envolvendo o INSS.