A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo transformou a Avenida Paulista em um mar de cores e celebração no último domingo (22), reunindo cerca de 4 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização. Com 17 trios elétricos desfilando a partir das 13h em direção ao centro da cidade, o evento, reconhecido como o maior do mundo em prol da diversidade, trouxe pela primeira vez o envelhecimento da população LGBTQIA+ como tema central, promovendo reflexões sobre inclusão e direitos.
A escolha da pauta foi celebrada por ativistas e participantes, que destacaram a importância de discutir os desafios enfrentados pela comunidade idosa LGBTQIA+. Norivaldo Júnior, membro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, esteve presente ao lado de seu marido, o publicitário Rodrigo Souza, e elogiou a iniciativa. “Colocar o envelhecimento em pauta é um marco. Precisamos garantir dignidade e visibilidade para essa população que tanto lutou”, afirmou Norivaldo.
A Parada, que lotou a Avenida Paulista, combinou festa e ativismo, com apresentações musicais, performances artísticas e mensagens de luta por igualdade. A organização do evento reforçou a relevância de abordar questões como acesso à saúde, moradia e políticas públicas voltadas para idosos LGBTQIA+, temas que ganharam destaque em faixas, cartazes e discursos nos trios. A energia contagiante e a diversidade do público reafirmaram o papel da Parada como um espaço de celebração e resistência, consolidando São Paulo como referência global na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+.