A minissérie Congonhas: Tragédia Anunciada, que estreia nesta quarta-feira (23) na Netflix, revisita o maior acidente aéreo da história da América Latina, ocorrido em 18 de julho de 2007, quando um avião da TAM colidiu com um prédio da própria companhia, matando 199 pessoas.
Esse foi o pior desastre aéreo do país, sendo 187 passageiros e tripulantes, além de 12 pessoas que estavam no solo.
Dividida em três capítulos, a produção revisita os fatos do fatídico voo 3054, trazendo uma nova perspectiva sobre os acontecimentos, mesclando imagens reais com cenas produzidas com efeitos especiais.
O diretor Angelo Defanti conta que a ideia de investigar o acidente surgiu em 2016, quando visitou o memorial em homenagem às vítimas. “O memorial já estava depauperado, e isso me fez refletir sobre o acidente. Ali, na hora, liguei para minha irmã [a produtora Bárbara Defanti], com quem trabalho sempre, e disse que achava que havia uma história a ser contada.”
Um dos pontos mais delicados abordados é a pista de Congonhas: curta, sem área de escape e reformada sem as ranhuras de frenagem (grooves), essenciais para evitar aquaplanagem. A ausência desses itens levantou questionamentos sobre a responsabilidade do governo federal, então comandado pelo presidente Lula, na liberação da pista.
Vale lembrar que tudo ocorreu em meio a atrasos de voos e greves de controladores de tráfego, agravando ainda mais a tensão. Além disso, a série ouve familiares das vítimas, investigadores e membros do governo, destacando o clima de pressão instaurado no governo e companhia após o desastre.