Morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro, a cantora Nana Caymmi, uma das maiores intérpretes da música brasileira. Internada desde julho de 2024 na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio, para tratar uma arritmia cardíaca, a artista faleceu por disfunção de múltiplos órgãos.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, Nana era filha do compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris, e irmã dos músicos Danilo e Dori Caymmi. Iniciou a carreira ainda adolescente, ao lado do pai, com quem gravou a canção “Acalanto”, eternizada como canção de ninar.
Aos 18 anos, mudou-se para a Venezuela após se casar, mas retornou ao Brasil com duas filhas e grávida do terceiro filho, João Gilberto. Nana construiu uma carreira sólida, marcada por escolhas refinadas de repertório, arranjadores e produtores. Gravou clássicos de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos, sempre com personalidade marcante.
Foi casada com Gilberto Gil entre 1967 e 1969, e teve relacionamentos com João Donato e Cláudio Nucci. Seus últimos discos foram Nana, Tom, Vinicius (2020) e Nana Caymmi Canta Tito Madi (2019). Deixa três filhos e duas netas.
“Perdemos uma das maiores cantoras do Brasil. Ela sofreu muito nos últimos nove meses”, disse o irmão Danilo Caymmi.