Em uma reunião realizada nesta sexta-feira (20), em Genebra, na Suíça, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, acusou Israel de cometer crimes de guerra durante a recente escalada de tensões entre os dois países. A declaração foi feita diante dos chanceleres da França, Alemanha e Reino Unido, que buscam uma solução diplomática para o conflito envolvendo o programa nuclear iraniano.
“Os ataques de Israel às instalações nucleares são crimes de guerra graves, com risco real de catástrofe ambiental e de saúde pública”, afirmou Araghchi. Segundo ele, o Irã foi alvo de uma agressão não provocada, violando princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas.
A ofensiva israelense, descrita como “ataque preventivo”, teve como alvo instalações nucleares iranianas. O governo de Israel alega tentar impedir a construção de armas nucleares por Teerã. Em resposta, o Irã lançou drones e mísseis contra o território israelense.
Araghchi afirmou que o ataque ocorreu no momento em que seu país avançava em negociações com os Estados Unidos para um possível acordo sobre o programa nuclear. “Estávamos prestes a chegar a uma solução pacífica”, disse. Ele acrescentou que civis, professores e militares fora de serviço também foram atingidos pelos bombardeios.
O Irã reforça que seu programa nuclear tem fins pacíficos e acusa Israel de sabotar uma saída diplomática para a crise.