Apesar da queda no desemprego, o poder de compra do trabalhador brasileiro continua em baixa. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a taxa de desocupação no Brasil caiu para 7% no primeiro trimestre de 2025 — o menor índice para esse período desde o início da série histórica em 2012.
Há um ano, a taxa era de 7,9%. O recorde anterior para trimestres encerrados em março havia sido registrado em 2014, com 7,2%.
Mesmo com mais pessoas empregadas, a renda não acompanhou a inflação. O rendimento médio real chegou a R$ 3.410, o maior da série histórica.
No entanto, o crescimento foi de apenas 4% em um ano, abaixo da inflação do período. Isso significa que, embora os salários tenham sido reajustados, os trabalhadores não tiveram ganho real — ou seja, o dinheiro recebido compra menos do que comprava anteriormente.
O cenário revela uma recuperação do mercado de trabalho em termos de ocupação, mas com desafios persistentes no que diz respeito ao poder aquisitivo da população.