Mais de 48 milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido em bancos, aponta Banco Central

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Mais de 48 milhões de brasileiros e 4,5 milhões de empresas ainda têm valores esquecidos em bancos e instituições financeiras, segundo dados atualizados na terça-feira (7) pelo Banco Central (BC). O levantamento faz parte do Sistema de Valores a Receber (SVR).

Em agosto, o sistema registrou R$ 10,4 bilhões disponíveis, queda em relação aos R$ 10,7 bilhões de julho. Desse total, R$ 8 bilhões pertencem a pessoas físicas e R$ 2,3 bilhões a empresas. Desde o início do programa, R$ 11,7 bilhões já foram devolvidos, aumento de R$ 400 milhões em comparação ao levantamento anterior.

Para verificar se há valores disponíveis, o cidadão deve acessar www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber, informar os dados pessoais e clicar em “consultar”. Se houver saldo, é possível solicitar o resgate usando uma conta Gov.br nível prata ou ouro.

Desde junho, o resgate automático via Pix está disponível. Quem tem chave Pix vinculada ao CPF pode receber o dinheiro diretamente na conta, sem necessidade de solicitação manual. Basta ativar a função com uma conta Gov.br (nível prata ou ouro) e habilitar a verificação em duas etapas.

Em casos de contas conjuntas, valores de empresas ou instituições que não aderiram ao sistema de devolução automática, o pedido deve ser feito manualmente pelo site.

O SVR foi criado para devolver recursos esquecidos por pessoas e empresas em bancos — valores que podem ter origem em contas encerradas com saldo, tarifas cobradas indevidamente, cotas de cooperativas de crédito ou consórcios finalizados.

Quem pode ter dinheiro esquecido

Qualquer pessoa ou empresa que já teve vínculo com uma instituição financeira pode ter valores a resgatar, como:

  • Contas correntes ou poupanças encerradas com saldo;
  • Tarifas cobradas por engano;
  • Cotas e sobras de cooperativas de crédito;
  • Valores de consórcios encerrados;
  • Contas de pagamento e corretoras com saldo residual.

Consulta de valores de pessoas falecidas

O acesso pode ser feito por herdeiros, inventariantes ou representantes legais, mediante termo de responsabilidade. Após identificar valores, é necessário contatar as instituições responsáveis para concluir o processo.