Doze dos 27 estados brasileiros têm mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada, segundo dados do Caged divulgados em 28 de maio. A comparação não inclui os servidores públicos.
Todos os estados nessa condição estão nas regiões Norte e Nordeste. O cenário atual representa uma melhora em relação aos últimos anos: em 2023, esse número chegou a 13 estados, o maior desde o início da série histórica. Antes da pandemia, em 2019, eram oito.
Apesar disso, indicadores apontam uma tendência de recuperação do emprego formal desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023. Naquele momento, o número de beneficiários do Bolsa Família equivalia a quase metade do total de trabalhadores com carteira assinada. Em agosto de 2024, essa proporção caiu para 44%.
O recuo no número de beneficiários ocorre em paralelo à revisão de cadastros realizada pelo governo federal e à expansão do mercado de trabalho. A mudança mais recente ocorreu no Rio Grande do Norte, que passou a ter mais empregos formais do que benefícios concedidos.
Com isso, tornou-se o único estado do Nordeste fora da lista das 12 unidades federativas com mais dependência do Bolsa Família. No Norte, quatro estados seguem com mais beneficiários do que trabalhadores com carteira assinada.