A atriz Luana Piovani usou suas redes sociais na sexta-feira (28) para manifestar revolta diante da decisão do Tribunal de Justiça da Catalunha, na Espanha, que anulou a sentença do ex-jogador Daniel Alves, acusado de agressão sexual. O caso, que ganhou repercussão internacional, voltou a gerar debates acalorados após a Justiça considerar que não havia provas suficientes para sustentar as reportagens.
Daniel Alves, de 41 anos, havia sido condenado em 2024 a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de um jovem em um barco em Barcelona, ocorrido em dezembro de 2022. Desde março do ano passado, ele estava em liberdade condicional após pagar uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões). Agora, o tribunal espanhol reverteu a decisão, apontando falta de consistência no depoimento da acusação, o que gerou uma onda de críticas entre ativistas e personalidades públicas, incluindo Piovani.
Em seus Stories no Instagram, a atriz apresentou uma matéria sobre a anulação e escreveu: “Malditos todos”, seguido de um questionamento incisivo: “Como assim?”. Conhecida por sua postura combativa em defesa dos direitos das mulheres, Luana já havia se pronunciado sobre o caso anteriormente, incluindo uma crítica em 2024, quando Alves anunciou planos de se tornar pastor evangélico, o que ela classificou como uma tentativa de legitimar “ciclos de violência e abusos”.
A decisão judicial argumentou que as provas apresentadas não superaram o padrão exigido pela presunção de inocência, destacando que as sentenças condenatórias exigiram um “padrão reforçado de motivação”. O tribunal também apresentou uma resolução do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, que proíbe a desqualificação de vítimas de abuso sexual com base em sua vida pessoal, reforçando a necessidade de rigor na análise de casos como esse.
A ocorrência de Piovani não foi isolada. Nas redes sociais, internacionais e organizações feministas também expressaram frustração, apontando a decisão como um exemplo de como o sistema judiciário pode falhar em proteger vítimas de violência sexual. A atriz, que vive em Portugal e tem 48 anos, reforça seu posicionamento ao compartilhar conteúdos relacionados à luta contra a descredibilização de vítimas, um tema que ela acompanha de perto.
O caso Daniel Alves permanece em aberto, já que a acusação e o Ministério Público espanhol ainda podem recorrer da anulação. Enquanto isso, a revolta de Luana Piovani ecoa como um grito por justiça em um episódio que continua a dividir opiniões e reacende discussões sobre violência de gênero e responsabilidade legal. A atriz, que já fez polêmicas pessoais e públicas, segue usando sua visibilidade para ampliar o debate, deixando claro que não pretende se calar diante do que considera uma afronta.