Em uma escalada de tensões no conflito em curso, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, emitiu nesta quarta-feira (19) um aviso dramático aos moradores da Faixa de Gaza, ameaçando a região com “destruição total” caso a população não destitua o Hamas do poder e entregue os reféns israelenses mantidos pelo grupo. A declaração, publicada em uma rede social, foi acompanhada de um vídeo e marca o reinício dos bombardeios após quase dois meses de um cessar-fogo frágil, que já resultou em mais de 400 mortes desde terça-feira, incluindo cerca de 100 crianças, segundo autoridades locais.
Katz afirmou que os ataques aéreos contra alvos do Hamas são apenas o “primeiro passo” e prometeu medidas ainda mais severas, alertando que os civis “pagarão o preço total” se não agirem. “Esse é o último aviso. A evacuação das zonas de batalha começará novamente em breve”, declarou, endossando uma proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugere a realocação dos habitantes de Gaza para outros países, com posterior anexação do território por Israel. A mensagem gerou reações imediatas: enquanto o Hamas rejeitou as exigências, classificando-as como “chantagem”, organizações humanitárias condenaram a ameaça como uma violação do direito internacional, apontando o risco de punição coletiva.
A retomada dos bombardeios, que destruiu edifícios e deixou famílias sob escombros, ocorre em meio a uma crise humanitária agravada na Faixa de Gaza, onde 2,3 milhões de pessoas vivem sob bloqueio. A comunidade internacional acompanha com apreensão, enquanto pedidos por corredores humanitários e cessar-fogo ganham força. O futuro da região permanece incerto, com a população civil no centro de um confronto que parece longe de uma resolução pacífica.