A cidade de Los Angeles vive dias de tensão após a chegada da Guarda Nacional, enviada pelo presidente Donald Trump para conter protestos contra a deportação de imigrantes ilegais. A mobilização, que já dura três dias, teve novos confrontos no domingo (8), quando manifestantes encapuzados incendiaram veículos e enfrentaram forte repressão policial com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Ao menos 27 pessoas foram presas, segundo o Los Angeles Times.
Trump afirmou em rede social que “multidões violentas” atacam agentes federais e prometeu restaurar a ordem e intensificar a expulsão de imigrantes ilegais. A medida foi duramente criticada pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que a classificou como “abuso de poder” e acusou o presidente de tentar militarizar o estado.
Mesmo com a presença da Guarda Nacional, milhares voltaram às ruas em defesa dos imigrantes. Novos confrontos aconteceram, com bloqueios na rodovia 101 e veículos autônomos da Waymo incendiados. A polícia declarou os protestos como “reuniões ilegais” e disse ter sido atacada com pedras e garrafas.
Esta não é a primeira vez que Trump recorre à força militar para reprimir manifestações. Em 2020, ele já havia feito o mesmo em meio aos protestos por George Floyd. Agora, porém, o conflito é direto com o governo estadual, que acusa o presidente de alimentar a crise.