
O governo Lula avalia se deve prestar auxílio às famílias dos 117 suspeitos m0rt0s na megaoperação policial conduzida pelo governo de Cláudio Castro no Rio de Janeiro. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, defende que a União ofereça apoio formal aos familiares das vítimas, mas a proposta divide opiniões dentro do Planalto.
Integrantes do governo temem que uma ação direta do Executivo federal possa gerar desgaste político e associar a imagem do presidente Lula ao tráfico e ao crime organizado — especialmente em um momento de tensão entre autoridades federais e estaduais sobre o uso da força policial em comunidades.
Durante entrevista concedida a agências internacionais na manhã desta terça-feira (4), Lula comentou sobre a megaoperação policial que deixou 121 m0rt0s no Rio de Janeiro, classificando a operação como uma tragédia, afirmando que “Houve uma m@t@nça”. Ele destacou também que, embora alguns possam considerar o número de m0rt0s como sinal de eficiência, o resultado representa um fracasso do Estado. “A dura realidade é que, em termos de número de mortos, alguns podem considerar a operação um sucesso. Mas, do ponto de vista da ação estatal, acredito que foi desastrosa”, declarou o presidente.
Por ora, a tendência é que o governo federal não ofereça assistência, entendendo que a responsabilidade deve recair sobre o Estado do Rio de Janeiro, que foi quem comandou a incursão nas favelas. A avaliação é de que qualquer medida federal poderia ser interpretada como interferência indevida em uma operação estadual.
