Histórico: Após dois anos, Israel e Hamas fecham acordo de paz mediado por Trump

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US President Donald Trump speaks at a press conference with Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu (not pictured) in the East Room of the White House in Washington, DC 04 February 2025. President Trump said that the he wants the US to take an Ôownership positionÕ of Gaza.

Israel e o Hamas anunciaram nesta quarta-feira (8) um acordo histórico para implementar um plano de paz na Faixa de Gaza, com mediação dos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. A proposta, apresentada no fim de setembro pelo presidente americano Donald Trump, prevê uma trégua imediata e a libertação de todos os reféns ainda mantidos pelo grupo terrorista.

Na primeira fase do acordo, o Hamas deverá libertar os 48 reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023 — embora Israel estime que apenas 20 estejam vivos. Em troca, o governo israelense soltará cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo alguns condenados à prisão perpétua. Trump afirmou que todos os reféns devem ser libertos até a segunda-feira (13).

O plano também inclui a suspensão dos bombardeios e o recuo parcial das tropas israelenses em Gaza, reduzindo a ocupação de 75% para 57% do território. Caminhões com comida, água e remédios deverão entrar na região nas próximas horas.

O cessar-fogo ainda depende de uma votação no gabinete israelense, marcada para quinta-feira (9). Caso aprovado, o tratado será assinado às 6h, no horário de Brasília. Trump confirmou que pretende visitar Israel e, possivelmente, a Faixa de Gaza.

Apesar do avanço diplomático, vários pontos do acordo seguem indefinidos, como o futuro governo em Gaza e o eventual desarmamento do Hamas. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque que matou mais de 1.200 pessoas em Israel e resultou no sequestro de 251 reféns. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo autoridades locais.