Israel e o Hamas anunciaram nesta quarta-feira (8) um acordo histórico para implementar um plano de paz na Faixa de Gaza, com mediação dos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. A proposta, apresentada no fim de setembro pelo presidente americano Donald Trump, prevê uma trégua imediata e a libertação de todos os reféns ainda mantidos pelo grupo terrorista.
Na primeira fase do acordo, o Hamas deverá libertar os 48 reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023 — embora Israel estime que apenas 20 estejam vivos. Em troca, o governo israelense soltará cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo alguns condenados à prisão perpétua. Trump afirmou que todos os reféns devem ser libertos até a segunda-feira (13).
O plano também inclui a suspensão dos bombardeios e o recuo parcial das tropas israelenses em Gaza, reduzindo a ocupação de 75% para 57% do território. Caminhões com comida, água e remédios deverão entrar na região nas próximas horas.
O cessar-fogo ainda depende de uma votação no gabinete israelense, marcada para quinta-feira (9). Caso aprovado, o tratado será assinado às 6h, no horário de Brasília. Trump confirmou que pretende visitar Israel e, possivelmente, a Faixa de Gaza.
Apesar do avanço diplomático, vários pontos do acordo seguem indefinidos, como o futuro governo em Gaza e o eventual desarmamento do Hamas. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque que matou mais de 1.200 pessoas em Israel e resultou no sequestro de 251 reféns. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo autoridades locais.
