Em visita recente a Brasília, representantes do presidente Donald Trump conversatam com autoridades brasileiras e falaram em reconhecer o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas. No entanto, ouviram uma negativa firme do governo Lula. Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, a legislação brasileira trata essas facções como criminosas, não como grupos terroristas — e é nessa base legal que o país continuará atuando.
A comitiva norte-americana participou de reuniões com o Ministério da Justiça e Segurança Pública ao longo da semana, com foco em estratégias de combate ao crime organizado e possíveis parcerias internacionais. Enquanto Trump busca ampliar a lista de grupos estrangeiros enquadrados como terroristas — como já fez com a MS-13, de El Salvador, e o Tren de Aragua, da Venezuela — o Brasil mantém uma abordagem distinta, pautada em sua legislação e soberania jurídica.
Sarrubbo ressaltou o compromisso da gestão Lula com o enfrentamento ao crime, destacando avanços em políticas públicas e cooperação com países da América Latina. Na tentativa de reforçar o pedido americano, o senador Flávio Bolsonaro entregou à delegação estrangeira um dossiê com alegações de vínculos entre as facções brasileiras e grupos como o Hezbollah. Ainda assim, a posição oficial brasileira permanece inalterada.