Uma moradora de São Carlos foi vítima de um golpe envolvendo a falsa entrega de exames médicos. O caso, registrado pela Polícia Civil, segue um mesmo padrão já identificado em pelo menos outras cinco ocorrências semelhantes na cidade, segundo relato exclusivo da própria vítima ao São Carlos no Toque.
A mulher recebeu uma ligação via WhatsApp de um número com DDD 16. Do outro lado da linha, um homem se passou por funcionário de uma clínica de saúde bastante conhecida na cidade. Com informações pessoais da vítima e detalhes de um exame que ela havia feito recentemente, o golpista afirmou que o procedimento havia sido reavaliado e que o novo resultado estaria disponível apenas em Bauru, ou poderia ser entregue via motoboy mediante o pagamento de uma taxa de R$ 9,90.
Optando pela comodidade, a vítima aceitou a entrega. Pouco tempo depois, um suposto motoboy apareceu em sua residência, chamando-a pelo nome. Ao ser informado da taxa, ela escolheu pagar no cartão de débito. O homem inseriu o valor corretamente na primeira maquininha, mas alegou erro na transação e retirou um segundo aparelho da mochila.
Desconfiada, a vítima cancelou a operação, disse que faria o pagamento por Pix e percebeu que o envelope entregue estava aparentemente vazio. Ao tentar verificar o conteúdo, agarrou o objeto e chegou a colocar a mão na mochila do golpista para impedir sua fuga. A confusão chamou atenção de vizinhos, fazendo com que o motoboy fugisse em uma moto CG preta, deixando para trás uma mochila com quatro maquininhas de cartão.
Mesmo com a tentativa de cancelar o cartão bancário, uma compra no valor de R$ 3.070,32 já havia sido efetuada. O caso foi registrado na delegacia, onde os objetos deixados com a vítima pelo “entregador” foram apreendidos. A Polícia confirmou que o mesmo golpe tem feito outras vítimas em São Carlos, com o mesmo modo de atuação.
O alerta é para que a população fique atenta e não forneça dados nem realize pagamentos a supostos entregadores de exames. O caso reforça a importância da denúncia e do compartilhamento dessas informações para evitar novas vítimas.