Um dos principais cartões-postais da região, a Represa do Broa, em Itirapina, tem registrado queda no número de visitantes nos últimos meses. A situação tem gerado apreensão entre comerciantes locais que dependem do turismo para manter suas atividades e sustentar a economia da área.
A redução do fluxo de turistas, especialmente nos fins de semana e feriados, tem sido atribuída a dois fatores principais: o aumento nas tarifas cobradas na portaria de acesso à represa e recentes relatos de incidentes envolvendo ataques de piranhas no início de 2025.
Alguns frequentadores apontam que os preços praticados para entrada têm se tornado inviável, especialmente para famílias ou grupos maiores. “A gente sempre vinha com a família, mas agora pesa muito no bolso. O valor da entrada, somado aos gastos normais de um passeio, acaba desanimando”, relatou uma visitante habitual, que preferiu não se identificar.
Além disso, notícias sobre ataques de piranhas registrados no início do ano causaram receio entre os banhistas. Embora os episódios tenham sido isolados e medidas preventivas estejam sendo tomadas, a repercussão nas redes sociais e em grupos de turistas acabou gerando um certo temor, especialmente entre pais com crianças pequenas.
O impacto já começa a ser sentido no comércio local. Lanchonetes, bares e pousadas relatam queda no movimento e faturamento. Alguns empresários não descartam a possibilidade de fechar as portas caso o cenário não melhore nos próximos meses. “Estamos fazendo o possível para manter as portas abertas, mas com menos gente, fica difícil cobrir os custos”, lamentou um comerciante da região.
Enquanto isso, moradores e empresários torcem por dias melhores e pela retomada da movimentação que sempre fez da Represa do Broa um destino querido por quem busca lazer, contato com a natureza e tranquilidade.